"Amor e Revolução é uma novela intrigante que vai dar muito o que falar", diz diretor

Com mais 55 anos de carreira em televisão, Reynaldo Boury, diretor de Amor e Revolução começou na TV Tupi como cameraman. Teve passagens ainda pela TV Excelsior e TV Globo, onde dirigiu sucessos como "Irmãos Coragem", "Ciranda de Pedra", "Tieta", "Sonho Meu", entre outras.

Ao lado de Tiago Santiago, Boury é responsável por levar ao ar a partir desta terça, 5 de abril, a primeira telenovela brasileira a abordar o tema dos anos de chumba da ditadura militar. Nesta entrevista, o diretor fala sobre a trama, os bastidores e revela alguns segredos que o público poderá acompanhar na tela do SBT.

SBT - Como aconteceu o convite para dirigir Amor e Revolução? O seu contrato com o SBT vai até quando?
Reynaldo Boury - O convite foi do Tiago Santiago e o contrato é de três anos.

SBT - Amor e Revolução tem uma trama intensa, com muita ação e dinamismo. Como é dirigir uma telenovela como esta?
RB - Faço direção de novelas desde 1962, quando foi implantada pela TV Excelsior a novela diária. Ja fiz novela de todo tipo. Mas confesso que com o tema da ditadura é uma novidade. Um novo campo. Uma nova dimensão.

SBT - Por ser uma novela de grande carga dramática como é dirigir os atores, o que mais cobra deles?
RB - Tenho que manter a dinâmica da novela, mas sempre com atenção voltada para a interpretação, que se for fora do tom, pode ficar complicado. Mas os atores estão aceitando bem a direção.

SBT - Como está sendo a parceria com Tiago Santiago e também com o elenco de Amor e Revolução?
RB - A parceria é a melhor possível. Nos entendemos perfeitamente. Sabemos manter o profissionalismo. Com os atores também tudo está correndo dentro dos planos.

SBT - Qual a maior dificuldade em dirigir uma novela que se passa na época da ditadura militar, uma história recente do Brasil?
RB - Vamos contar a história de uma época do Brasil de muita turbulência, mas praticamente “esquecida” nas nossas escolas e faculdades. Mas o Tiago está bem informado sobre os acontecimentos e relatando com muita clareza.

SBT - Qual a sua opinião sobre a ditadura militar no Brasil?
RB - Uma época negra para a nossa história.

SBT - Você fez alguma pesquisa sobre o período da ditadura militar para dirigir Amor e Revolução? O que pesquisou?
RB - A pesquisa foi feita junto com o Tiago. Sempre com base em livros e depoimentos.

SBT - Quais as lembranças você tem do período da ditadura militar? Tais lembranças te inspiram na hora de dirigir algumas cenas de Amor e Revolução?
RB - Na época era diretor de novelas na TV Excelsior. Nunca fui preso. Tive muita sorte. Mas as cenas estão sendo realizadas com a maior veracidade possível.

SBT - A novela terá cenas de torturas e perseguições. Em que se baseou para construir tais cenas?
RB - Procurando realizar com a maior verdade possível, com uma linguagem de televisão moderna. Assisto muito seriado americano. Sempre é um aprendizado.

SBT - Amor e Revolução é uma novela que tem mais cenas gravadas em estúdio ou externas? Quantas e quais as locações de Amor e Revolução?
RB - Até agora, por volta do capítulo 30, estamos meio a meio com relação estúdio versus externa. São algumas locações diferenciadas: um Quartel do Exército, um sítio para as cenas de matas, estradas de terra e cachoeiras.

SBT - Como acredita que os telespectadores receberão Amor e Revolução? Qual a principal mensagem da novela?
RB - Como disse, é uma novela intrigante que vai despertar no telespectador a vontade de assistir um tema nunca debatido e exibido em novelas. A mensagem é que jamais esta situação de ditadura seja novamente implantada no Brasil.

SBT - Como você define Amor e Revolução?
RB - Uma novela intrigante que vai dar muito o que falar.

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