Não fica claro que a declaração pode mudar a movimentação militar para uma intervenção na Líbia, autorizada por meio de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Koussa também criticou o congelamento de ativos que ele disse ser do país – muitos governos bloquearam dinheiro da família Gaddafi – e que ele disse colocar a Líbia em dificuldades de honrar seus compromissos externos.
No entanto, ele disse também que o governo líbio irá manter sua soberania e integridade territorial. Koussa não citou nenhuma possibilidade de renúncia de Gaddafi, que controla há mais de 40 anos o país.
Após a votação desta quinta-feira (17) na ONU, o Reino Unido anunciou nesta sexta-feira (18) que a mobilização de seus caças para garantir a zona de exclusão aérea já havia começado. A França, que foi lugar de uma reunião ministerial sobre o assunto, havia informado que um ataque poderia começar em horas.
A Itália já havia disponibilizado as bases no sul do país. Bélgica, Espanha e até Alemanha, que se absteve na ONU, também ofereceram colaboração para a ação, informou o jornal parisiense Le Figaro. Até mesmo a Turquia, considerada como o grande empecilho para uma ação da Otan (aliança militar do Ocidente), disse que apoiava a ação.
Rebeldes comemoraram decisão da ONU nas ruas e voltam a acusar Gaddafi
Em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, centro da revolta e local que estava na mira das forças leais ao ditador, houve comemoração nas ruas após o anúncio da decisão da ONU.
Os rebeldes informaram nesta manhã que forças leais ao ditador continuavam a bombardear por terra posições dos rebeldes nas estradas que conduzem a Misrata desde o oeste e o sudoeste da cidade.
O porta-voz rebelde Sadun al Misraty disse à cadeia de TV do Qatar Al Jazeera que os bombardeios "prosseguem por mais de três horas e há muitas vítimas", sem precisar o número exato.
- Há pelo menos 25 tanques e vários blindados e veículos para o transportes de tropas nos arredores de Misrata.
Misraty é membro do comitê informativo do Conselho Nacional Transitório (CNT), de acordo com a emissora catariana.
Além disso, o porta-voz previu que as tropas de Gaddafi iam tentar "invadir" Misrata e as cidades sob controle rebelde "o mais rapidamente possível para instalar-se nos centros das cidades e tomar seus habitantes como escudos humanos, para evitar assim bombardeios aéreos" de tropas estrangeiras.
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