Presença forte do cotidiano garantiu o sucesso de Ti-ti-ti, que chega ao fim nesta sexta-feira (18)

João Miguel Junior/Globo
Nesta sexta-feira (18), será exibido o 209º - e último - capítulo da novela Ti-ti-ti (Globo). A trama, adaptada por Maria Adelaide Amaral, devolveu à faixa das 19h o trilho do sucesso, com médias de audiência na casa dos 35 pontos, contra 24 de sua fracassada antecessora, Tempos Modernos.

Para especialistas em TV ouvidos pelo R7, o segredo para tamanha repercussão está no foco aos fatos do cotidiano. Pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) e autor do livro Quem Matou... O Romance Policial na Telenovela (editora Annablume), Claudino Mayer apontou o dia a dia dos brasileiros comuns como o grande trunfo.

- A Maria Adelaide trouxe muitos núcleos bem próximos ao telespectador. E todos com função social: é trabalhando e lutando que se consegue algo. E esta é uma situação do cotidiano do brasileiro, que corre atrás, às vezes não dá certo, mas depois engrena na vida, o que foi bem representado na novela.

A grande quantidade de núcleos (do Belenzinho, dos estudantes, da revista Moda Brasil, da agência de modelos, dos estilistas...) também foi um destaque na trama, na opinião de Mayer.

- Cada núcleo, todos bem diferentes, tinha um vilão e uma mocinha separados da principal, que era a personagem Marcela [vivida por Isis Valverde]. E todos tinham destaque. Esta independência fez história.

Para o especialista, Ti-ti-ti ainda inovou na linguagem.

- A novela foi uma dramédia, mistura de drama com comédia. Maria Adelaide inovou na linguagem. A trama tinha ritmo e agilidade do aqui e agora, funcionando como uma metáfora da nossa vida. A autora não segurava os conflitos, o que criava expectativa. Essa pouca durabilidade é como na vida, daí a grande proximidade com o

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