Estações da linha 4 - Amarela vão ter horário de funcionamento ampliado até o final deste semestre

Julia Chequer/R7
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou nesta quinta-feira (24) que o horário de funcionamento das estações da linha 4 - Amarela do Metrô será ampliado para das 4h40 às 00h30 ainda no primeiro semestre deste ano. Atualmente as estações funcionam das 8h às 15h.
Segundo ele, a mudança ocorrerá cerca de 30 dias após da inauguração da estação Pinheiros, prevista para maio. Nesse período, haverá a integração do metrô com as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Na quarta-feira (23), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia afirmado que a abertura da estação Pinheiros ocorreria até o final de junho.

Fernandes também explicou que o longo período de testes no trecho entre as estações Paulista e Faria Lima se dá em função da tecnologia inédita usada na linha.

- Estamos testando todos os equipamentos com tecnologia nunca antes vista no Metrô. Precisamos cumprir centenas de horas de testes para cumprir o protocolo. Na realidade, estamos fazendo um curso de pós-graduação com os trabalhos nessa linha. Com essa experiência, garanto que a fase de testes na linha 6 será menor.

No segundo semestre deste ano, o Metrô pretende entregar as estações Luz e República, totalizando seis paradas de 11 que serão construídas. A segunda etapa está prevista para terminar em 2014, na qual serão entregues as estações Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.

Expansão

Pela manhã, o secretário afirmou que a expansão do transporte sobre trilhos, prevista pelo governo estadual até 2015, não irá garantir o fim da superlotação nos trens. A afirmação foi feita durante a inauguração da estação Carapicuíba, da linha 8-Diamante da CPTM (Companhia paulista de Trens Metropolitanos).

Segundo Fernandes, o fim da superlotação dos vagões no horário de pico depende de outros fatores relacionados à cidade e à população. Questionado pelo R7 sobre se um possível aumento da demanda de passageiros que podem vir a trocar o carro pelo transportes público (o que o governo defende como um dos fatores para melhorar o trânsito na cidade) pode agravar ainda mais essa superlotação, o secretário respondeu que esse, de fato, pode ser um fator para piorar a situação nos vagões.

Atualmente, Metrô e CPTM juntos atendem diariamente cerca de 5,5 milhões de passageiros, segundo dados do próprio secretário. Até 2015, com a conclusão da linha 4-Amarela e a ampliação da linha 5-Lilás, a expectativa é de que o sistema de transporte sobre trilhos receba 10 milhões de passageiros por dia.

Para minimizar a afirmação sobre o incremento de passageiros que pode vir a prejudicar ainda mais a lotação nos vagões, o secretário usou os exemplos de metrôs de cidades como Paris (França), Londres (Inglaterra) e Tóquio (Japão) que têm uma extensão de trilhos bem maior que a de São Paulo, mas que não são superlotados. Segundo Fernandes, transporte e sociedade irão se ajustar às realidades futuras.

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